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Bolsonaro assina decreto que dá indulto a Daniel Silveira, condenado pelo STF

 Deputado federal foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ataques a ministros da Suprema Corte

Um dia após o Supremo Tribunal Federal (PT) ter condenado Daniel Silveira (PTB-RJ) a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por ataques a ministros da Corte, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou, nesta quinta-feira (21), um decreto que dá indulto ao deputado federal. Na prática, o indulto perdoa a pena de Daniel Silveira.

Na sessão de ontem, o Supremo condenou o deputado bolsonarista por condenou por 10 votos a 1. A decisão de Bolsonaro ocorre antes de Silveira recorrer da decisão.

Com a condenação pelo Supremo, o deputado federal se tornaria inelegível, impedindo concorrer a uma vaga no Senado, intenção que vinha sinalizando nos últimos meses. Com o indulto, Daniel Silveira poderia voltar a ser candidato.

Bolsonaro fez o anúncio do indulto hoje por meio de transmissão ao vivo nas redes sociais 

Entenda as penas de Daniel Silveira

Por tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e por ser um crime continuado, de acordo com o artigo 71 do Código Penal, Silveira foi condenado a 5 anos e 3 meses de reclusão.

Pelo crime de coação, descrito no Artigo 344 do Código Penal como “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade (…) em processo judicial”, cumprirá pena de 3 anos. Por também ser um crime continuado, a pena foi aumentada em 6 meses, ficando em 3 anos e 6 meses.

O deputado ainda foi multado em 35 dias-multa para cada um dos três crimes. Cada dia-multa corresponde a cinco salários mínimos da época do crime (2021), ficando em aproximadamente R$ 200 mil.

Alexandre de Moraes defendeu condenação e pena de 8 anos e 9 meses ao parlamentar e foi acompanhado por Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Já André Mendonça decidiu pela condenação parcial e Nunes Marques pela absolvição.

Silveira chegou a ser detido em fevereiro de 2021 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que acabou autorizando a soltura do parlamentar e fixando medida cautelares em novembro do ano passado.

Veja a fala completa de Bolsonaro:

“Tudo aqui está fundamentado, em decisões do próprio senhor Alexandre de Moraes, presidente do STF (sic). O presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 84, caput, inciso 12 da Constituição, tendo em vista o exposto do artigo 734, do decreto-lei 3.689, de 3 de outubro de 1941, código de processo penal E, considerando que a prerrogativa presidencial para concessão de indulto individual é medida fundamental à manutenção do Estado Democrático de Direito, inspirada em valores compartilhados por uma sociedade fraterna, justa e responsável. Considerando que a liberdade de expressão é pilar essencial da sociedade em todas as suas manifestações.

Considerando que a concessão de indulto individual é medida constitucional, discricionária, excepcional, destinada à manutenção do mecanismo tradicional de freios e contrapesos, na tripartição dos poderes.

Considerando que a concessão de indulto individual decorre de juizo integro baseado necessariamente nas hipóteses legais, políticas e moralmente cabíveis.

Considerando que ao presidente da República foi dada a missão de zelar pelo interesse público, e considerando que a sociedade encontra-se em legítima comoção em vista da condenação de parlamentar resguardado pela inviolabilidade de opinião, deferida pela Constituição, que somente fez uso de sua liberdade de expressão, decreta o decreto que vai ser cumprido.

Artigo primeiro, fica concedida graça constitucional a Daniel Lúcio da Silveira, deputado federal condenado pelo STF em 20 de abril de 2022, no âmbito da ação penal 1044, à pena de 8 anos e 9 meses de reclusão em regime inicial fechado, pelas práticas dos crimes previstos.

Artigo 2º, a graça de que trata este decreto é incondicionada, e será concedida independentemente do trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Artigo 3º, a graça inclui as penas privativas de liberdade, de multa, ainda que haja inadimplência ou inscrição de débito na Dívida Ativa da União, e as penas restritivas de direitos.”

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=2p4QhXfmgac

(assista à íntegra abaixo).

Assista na íntegra


Candidato do PSL a prefeito de São José dos Campos, foi alvejado a tiros na noite deste sábado (24) ; caso é investigado


Nenhum tiro o acertou. Disparos atingiram somente o veículo que ele dirigia. Caso ocorreu enquanto ele saia de uma casa na área rural de Jacareí. 

Segundo polícia, não há câmeras no local e caso é investigado.

O candidato a prefeito de São José dos Campos (SP) Anderson Senna (PSL) registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil na noite deste sábado (24) no qual alegou ter sido alvo de disparos em Jacareí (SP). 

Os tiros atingiram o carro dele e a Polícia Civil investiga um suposto atentado.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado por ele na Polícia Civil, ele foi abordado enquanto estava sozinho, por volta das 19h, por dois homens em uma moto que fizeram diversos disparos contra ele. Nenhum tiro o acertou.

Ele relatou disparos na porta do motorista, mas, segundo a Polícia Civil, os tiros atingiram outros pontos do veículo.

De acordo com o relato à polícia, a dupla na moto chegou após ele sair da casa de um amigo, na estrada do Varadouro, zona rural de Jacareí. Os homens fugiram em seguida. A polícia informou que não há câmeras no local.

O candidato acionou a Polícia Militar e foi informado que deveria comparecer a um posto policial. Ele seguiu até a 2º Cia. do 46 BPM/I e comunicou o ocorrido. Ele foi escoltado até a delegacia de plantão, onde o caso foi registrado como tentativa de homicídio.

O carro do candidato passou por perícia e a Polícia Civil investiga o caso. Em nota, a assessoria do candidato informou que "confia que as forças policiais vão solucionar o crime".



Fonte: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/eleicoes/2020/noticia/2020/10/24/candidato-a-prefeito-de-sao-jose-dos-campos-tem-carro-alvejado-a-tiros.ghtml

Senado aprova aumento do limite de pontos para suspensão da CNH. Veja outras mudanças!

 


A proposta do governo federal amplia de 20 para 40 pontos para a perda da carteira, além de prazo de validade, de 5 para 10 anos


O Senado aprovou nesta quinta-feira (3) o texto-base do projeto que flexibiliza regras do Código de Trânsito Brasileiro.

O projeto faz uma série de alterações, entre elas, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passará a ter validade de dez anos para condutores com até 50 anos de idade. Hoje, a regra geral é de cinco anos de validade. 

A proposta também estabelece cinco anos para condutores com idade entre 50 e 70 anos de idade; e três anos para condutores com 70 anos ou mais.

Relatado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), o texto determina ainda que os exames de aptidão física e mental sejam realizados por médicos e psicólogos peritos examinadores. 

O projeto também altera regras para o uso da cadeirinhas ou do assento de elevação, acrescentando referências de peso e altura ao limite de 10 anos de idade. Hoje, as regras para cadeirinha estão na legislação infralegal.

O texto também estabelece regras mais brandas para a retenção da carteira e para exames toxicológicos.

Votação

O placar foi de 46 senadores a favor e 21 contra. Os senadores votariam os destaques da proposta, que vai à sanção presidencial. A aprovação é uma vitória do governo federal, autor da proposta que aumenta a quantidade de pontos para perda da CNH, passando de 20 para 40 pontos.

O relator do PL 3.267/2020, senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu as alterações promovidas e a aprovação rápida do projeto, sem alterações ao texto aprovado pela Câmara.

Segundo o senador, “após quase 23 anos da aprovação do CTB, são necessárias adequações a esse diploma, em função das rápidas mudanças que acontecem no trânsito”.

Suspensão

Ciro defende o aumento do número de pontos para suspender a CNH, dos atuais 20 pontos para até 40 pontos para quem não tiver cometido infração gravíssima. “Embora esse seja um dos aspectos mais polêmicos do PL, é necessário ponderar que o Congresso vem aumentando a gravidade de algumas categorias de multas, o que tornou o atingimento desse limite fato bem mais trivial”.

Farol baixo

O projeto altera ainda a chamada “lei do farol baixo” (Lei 13.290, de 2016), para que a necessidade de uso de faróis acesos seja limitada ao tráfego em rodovias de pista simples. 

O texto determina também que os veículos novos, tanto nacionais quanto importados, deverão ser equipados com luzes de rodagem diurna.

* Com informações do R7.com e do Senado Federal

Deputados aprovam PL reconhecendo ação das igrejas como essencial durante a pandemia

Durante a pandemia do novo coronavírus, além do risco de contaminação com a doença e seus efeitos sobre o corpo, podendo levar à morte, outros aspectos da vida humana, como a saúde mental/emocional despertaram grande preocupação entre especialistas das mais diversas áreas.
Isso porque, a ciência reconhece que um dos fatores de prevenção contra o coronavírus, bem como de outras doenças em geral, é a qualidade do sistema imunológico do corpo humano, sendo esse um fator altamente influenciável pelo estado emocional/psicológico do ser humano.
Com isso, a proibição de funcionamento das igrejas cristãs, ou, serviços religiosos em geral, também se tornou um problema, pois a atividade de fé é vista como uma aliada à promoção da saúde mental da população.
Pensando nisso, a deputada Rosane Felix (PSD) elaborou o Projeto de Lei 2.414/2020, visando reconhecer os serviços religiosos como atividades essenciais durante situações de crise, como é o caso da pandemia, e felizmente a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) na última terça-feira.
“Muitas das ações realizadas pelas instituições religiosas, ações sociais principalmente, com distribuição de cestas básicas, materiais de higiene, roupas e máscaras, chegam onde o Poder Público não vai por incompetência ou omissão do Estado”, explicou a parlamentar.
“A aprovação desse projeto de lei também reconhece a importância do apoio espiritual e emocional que a religião traz, proporcionando paz, consolo e fortalecendo o ser humano para enfrentar dias difíceis”, destacou Rosane, segundo O Dia.
O Projeto de Lei não exclui os cuidados necessários que devem ser tomados durante a pandemia, conforme recomendação do Ministério da Saúde, mas reconhece a importância do acesso da população aos serviços religiosos.
O Capitão Paulo Teixeira (Republicanos) também comemorou à aprovação do PL 2.414/2020, destacando a importância da saúde mental/espiritual nos contextos de crise, âmbito esse muito trabalhado pelas igrejas.
“Foi muito difícil as pessoas quererem ir à igreja e não poderem por intervenção do Estado. Templos, de todas as vertentes, servem como uma válvula de escape, principalmente diante das circunstâncias que vivemos. Claro que com todo cuidado, alimentar o espírito e cuidar da mente na igreja são essenciais”, disse ele.

Pastor Everaldo Integrante da Assembleia de Deus é preso pela PF por suposto envolvimento nos desvios na saúde e diz: 'Não tem dinheiro'

"Não tem dinheiro em casa". Essa foi a única frase dita pelo pastor Everaldo, que foi preso na manhã desta sexta-feira, dia 28, em uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro. 
Integrante da Assembleia de Deus e presidente Nacional do Partido Socialista Cristão (PSC), o político é suspeito de estar envolvido em um suposto esquema de desvios na saúde do estado. Seu mandado de prisão foi expedido pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o mesmo que determinou o afastamento imediato do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo, por 180 dias. Dois filhos do pastor também foram presos: Felipe Pereira e Laércio Pereira.
Quatro agentes da PF e uma procuradora federal chegaram por volta das 5h50 na residência de Everaldo Dias Ferreira, de 64 anos, onde permaneceram por cerca de 1h30. O alvo demorou a abrir a porta, e houve tentativa de arrombamento, até que ele permitiu a entrada dos policiais. Foram encontrados documentos da mulher do pastor no local.
O político chegou na sede da PF, no Centro do Rio, às 8h21m. Sem falar com a imprensa, o integrante ele chegou no banco de trás de um carro oficial do órgão, com máscara de proteção facial. O pastor estava sentado no meio, entre dois agentes, com uma pasta branca nas mãos. Ao sair do veículo, ele carregava uma sacola preta.
A advogada do Pastor Everaldo, Marta Leão, chegou na sede PF às 8h32. Após se encontrar com o líder religioso durante cerca de duas horas, ela deixou o local e criticou a prisão do pastor, na qual considerou "desnecessária".
— Ele ainda não prestou depoimento. Mas ele quer muito fazer isso. Ele está tranquilo, continua confiando na Justiça. Nós já tínhamos feito uma petição no último dia 19, no STJ, dizendo que o pastor estava disposto a dar todos os esclarecimentos. Não precisava de prisão nenhuma, é desnecessária — disse a defensora.

O PSC também se manifestou por meio de nota e informou que o ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional da legenda, assume provisoriamente o cargo de presidente. O calendário eleitoral do partido segue sem alteração. O PSC informa ainda que "confia na Justiça e no amplo direito à defesa de todos os cidadãos e que o pastor, assim como o governador Wilson Witzel, sempre estiveram à disposição das autoridades".
A delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos corroborou as provas reunidas nas operações Favorito e Placebo e deu nomes aos bois, permitindo aos investigadores visualizar todos os personagens da organização e o papel de cada um. Há mandados de prisão também contra os empresários Mário Peixoto e os sócios Alessandro Duarte e Cassiano Luz. Estes, porém, já se encontram presos alvos da operação Favorito, realizada em maio.
Ativo na política há mais de 30 anos
Com mais de 30 anos de atuação nos bastidores da política nacional, o Pastor Everaldo aprendeu a se movimentar entre partidos de direita e esquerda com desenvoltura, principalmente no Rio, seu domicílio eleitoral, onde transitou pelos governos de Leonel Brizola, Benedita da Silva, Anthony Garotinho e Sérgio Cabral. Foi colado no ex-deputado Eduardo Cunha e o partido do qual é presidente, o mesmo PSC de Witzel, abrigou por anos a família Bolsonaro.
Para além de sua ligação com a religião, sua maior aventura na política foi disputar a Presidência em 2014 ficando na quinta colocação, com 780 mil votos. Já sua grande cartada até então havia sido a invenção do “poste” Witzel na surpreendente eleição de 2018, quando contrariando todas as pesquisas eleitorais o ex-juiz derrotou Eduardo Paes.

Pastor da Assembleia de Deus em Madureira, chefiada pelo Bispo Manoel Ferreira, Everaldo ganhou fama no meio político por ser considerado pragmático, organizado e tenaz. Ele se filiou ao PSC em 2003 e fez crescer exponencialmente o número de deputados eleitos depois de ter assumido o comando da legenda.
Como dono do partido, ele comprou a ideia da candidatura de Witzel quando ela era tratada como uma piada e aparecia com apenas 1% das intenções de voto. Hoje se tornou um articulador da relação com o Legislativo do Rio.
Com espaço amplo na gestão de Witzel, o presidente do PSC tem influência no Detran e ainda emplacou o filho, Filipe Pereira, como assessor especial do governador. Também é responsável pela indicação de Carlos Braz., filho de um obreiro da igreja para a diretoria do Interior da Cedae, responsável pelas obras da Chison.

O pastor já havia sido citado na Lava-Jato por um executivo da Odebrecht Ambiental. Ele teria recebido R$ 6 milhões para favorecer Aécio Neves no debate presidencial de 2014, quando foi candidato ao Planalto.
De um tempo para cá, após as operações que miraram o entorno do governador, Everaldo tem tomado distância do Palácio Guanabara e causou suspense em comentários nas redes sociais dando indiretas com mensagens bíblicas para Witzel, como mostrou “Época”.
Um dos motivos das rusgas entre Everaldo e Witzel teria como pivô o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão, também alvo da Lava-Jato. Considerado braço direito do governador desde os tempos em que dividiam o mesmo escritório de advocacia, Tristão demitiu indicados do pastor no governo. Ele foi exonerado após as investigações da Lava-Jato indicarem ligação entre ele e Mário Peixoto, um dos cabeças do esquema de desvios na saúde.

Projeto de lei de deputado propõe legalizar até ao final de setembro de 2020 o cultivo de maconha para uso medicinal no Brasil

Deputado disse que uma audiência pública será realizada e que a proposta pode ser votada pelo plenário em até três semanas.

Plantação de cannabis. (Foto: Reprodução / Veja)




Uma proposta para legalizar o cultivo de maconha no Brasil para uso medicinal e industrial deve entrar em debate nas próximas semanas no Congresso. Além do plantio, o texto prevê redução no preço dos medicamentos e a distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O substitutivo do Projeto de Lei 399/2015 foi entregue na terça-feira (18/8) pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em entrevista a jornalistas, Teixeira disse que uma audiência pública será realizada e que a proposta pode ser votada pelo plenário em até três semanas.

Relator do substitutivo, o deputado Luciano Ducci (PSB-PR) destaca que o foco da medida está na saúde e na maior acessibilidade a medicamentos com eficiência já comprovada. Ele garante, ainda, que o texto não abre brecha para venda de drogas ou consumo individual.

Antes de ir à votação pela Câmara, o texto precisa de aprovação na Comissão Especial de Cannabis, onde não deve enfrentar grande resistência. No plenário, basta maioria simples para que o projeto, se aprovado, siga para o Senado.

O Brasil permite desde 2015 importar cannabis medicinal para uso em pacientes - são cerca de 8 mil com autorização para comprá-la, segundo a Agência de Vigilância Sanitária. Hoje, há dois remédios à base de cannabis registrados. Eles custam, em média, R$ 2,5 mil.

Argumentos contrários
Para o médico e deputado federal Osmar Terra, os componentes da cannabis são prejudiciais à saúde dos usuários e traz transtornos às famílias.

“Canabidiol (CBD) é uma de 480 substâncias existentes na maconha, única que não causa dano cerebral e pode ser útil em convulsão de doenças raras. As demais causam muito mais danos que benefícios. Perguntem para as mães de viciados. E CBD isolado já tem venda permitida. Não precisa dessa lei!”, escreveu em seu Twitter.

Para os que defendem a liberação do uso da maconha para diminuição do tráfico, Terra diz que o número de vítimas aumentará “numa escala gigantesca”.

Contrário à liberação da substância, o deputado estadual e coordenador Nacional da Frente Contra a Liberação da Maconha e da Cocaína diz que esse projeto na verdade é mais um “Cavalo de Tróia” para liberar o uso e o plantio no Brasil.


Eleição nos EUA 2020: Quem está na frente nas pesquisas — Trump ou Biden?

Uma análise aprofundada sobre os números ajuda a monitorar quem está mais perto de vencer a disputa pela Casa Branca.


           Montagem com fotos de Donald Trump e Joe Biden — Foto: Joshua Roberts/Reuters e Jonathan Ernst/Reuters



Eleitores nos Estados Unidos decidirão no dia 3 de novembro se Donald Trump seguirá na Casa Branca por mais quatro anos.
O presidente republicano está sendo desafiado nas urnas pelo candidato do Partido Democrata, Joe Biden, que é mais conhecido por ter sido vice-presidente de Barack Obama. Ele atua na política americana desde os anos 1970.
Com a chegada das eleições, os institutos de pesquisa tentam medir o humor do país em números.
Apoiadores do ex-vice-presidente Joe Biden, agora pré-candidato na corrida presidencial dos EUA, são vistos em evento de campanha em Sioux City, Iowa, no dia 29 de janeiro. — Foto: Gene J. Puskar/AP
Apoiadores do ex-vice-presidente Joe Biden, agora pré-candidato na corrida presidencial dos EUA, são vistos em evento de campanha em Sioux City, Iowa, no dia 29 de janeiro. — Foto: Gene J. Puskar/AP
Nós vamos seguir as pesquisas nesta página — tentando entender o que os números conseguem e não conseguem nos falar sobre a eleição.

Como os candidatos estão se saindo nacionalmente?

Pesquisas nacionais são um bom indicativo de quão popular um candidato é no país, mas elas não são necessariamente uma boa forma de prever o resultado do pleito.
Em 2016, por exemplo, Hillary Clinton liderou essas pesquisas e conquistou quase três milhões de votos a mais do que Donald Trump, e ainda assim ela perdeu a eleição. Isso porque os Estados Unidos usam um sistema de colégio eleitoral em que ganhar o maior número de votos não é garantia de vitória no pleito.
Apoiador de Donald Trump usa máscara com a logo de campanha do presidente durante comício em Tulsa, nos EUA, em 20 de juho — Foto: Leah Millis/Reuters
Apoiador de Donald Trump usa máscara com a logo de campanha do presidente durante comício em Tulsa, nos EUA, em 20 de juho — Foto: Leah Millis/Reuters

Com essa ressalva feita, Joe Biden tem liderado contra Donald Trump nas pesquisas nacionais na maior parte deste ano. Ele tem ficado no patamar de 50% em semanas recentes com uma vantagem de 10 pontos percentuais.
Em contraste, em 2016 as pesquisas eram muito menos definidas, com poucos pontos percentuais separando Trump de Hillary Clinton em vários momentos próximos da eleição.

Quais Estados vão decidir as eleições?

Como Hillary Clinton descobriu em 2016, o número de votos conquistado é menos importante do que o lugar onde eles foram vencidos.
A maioria dos Estados quase sempre vota da mesma forma, o que significa que só existe um grupo reduzido de Estados em que os dois candidatos têm chances de ganhar. É nesses lugares que a eleição é decidida — eles são conhecidos como "battleground" em inglês (algo como "Estados decisivos", em tradução livre).
No sistema do colégio eleitoral usado pelos Estados Unidos para eleger seu presidente, cada Estado recebe um número de votos baseado no tamanho da sua população. Um total de 538 votos no colégio eleitoral estão em disputa, então o candidato precisa de 270 para vencer.
Como o mapa acima mostra, alguns Estados decisivos têm muito mais votos no colégio eleitoral do que outros, e por isso os candidatos passam muito mais tempo fazendo campanha neles.

Quem está liderando nos Estados decisivos?

No momento, pesquisas nos Estados decisivos são animadores para Joe Biden, mas ainda há muito para acontecer e tudo pode mudar rapidamente, especialmente quando Donald Trump está na disputa.
As pesquisas sugerem que Biden tem grandes vantagens em Michigan, Pennsylvania e Wisconsin — três Estados industriais vencidos por seu rival por margens menores que 1% na campanha vitoriosa de 2016.
Mas são nos Estados decisivos vencidos com boa vantagem por Trump em 2016 que sua campanha deve se focar. Sua margem vencedora em Iowa, Ohio e Texas foi de 8% a 10% naquela época, mas agora ele está bem próximo de Biden nas pesquisas nos três Estados.
Esses números podem ajudar a explicar a sua decisão de mudar seu diretor de campanha em julho e suas constantes referências a "pesquisas falsas".
Mercados de aposta, no entanto, não descartam Trump. Algumas casas colocam as chances de uma vitória de Trump em um para três.

O coronavírus afetou os números de Trump?

A pandemia do coronavírus dominou as manchetes nos Estados Unidos desde o começo do ano, e as reações às medidas tomadas por Trump foram norteadas por diferenças partidárias.
O apoio às medidas de Trump chegou ao auge em meados de março depois que ele declarou emergência nacional e anunciou um pacote de US$ 50 bilhões para que os Estados contivessem o vírus. Neste momento, 55% dos americanos aprovaram suas ações, de acordo com dados da Ipsos, uma empresa de pesquisas.
Mas qualquer apoio que ele recebeu dos Democratas já desapareceu, enquanto os Republicanos seguem com ele.
Os dados mais recentes, no entanto, sugerem que mesmo seus apoiadores têm começado a questionar a resposta de Trump, com Estados do sul e do oeste do país tendo que lidar com novos surtos do vírus. O apoio dos Republicanos caiu para cerca de 78% no começo de julho.
Isso pode explicar o porquê da recente mudança na mensagem sobre o coronavírus, se distanciando da ideia de que o vírus vai "simplesmente desaparecer" e alertando que a situação vai "piorar antes do que melhorar".
Ele também passou a usar máscaras pela primeira vez e pela primeira vez defendeu que americanos as coloquem, dizendo que "elas surtirão um efeito" e demonstram "patriotismo".
Um modelo produzido por especialistas da Universidade de Washington prevê que o número de mortos ultrapassará 230 mil até primeiro de novembro, dois dias antes das eleições.

Podemos confiar nas pesquisas?

É fácil descartar as pesquisas só dizendo que elas erraram em 2016, como Trump costuma fazer com frequência. Mas isso não é totalmente verdade.
A maioria das pesquisas nacionais apontava Hillary Clinton na frente com alguns pontos percentuais, mas isso não significa que eles erraram, já que ela teve três milhões de votos a mais do que seu rival.
Os institutos de pequisa tiveram alguns problemas em 2016 — em especial um fracasso em representar eleitores sem diploma de universidade — o que significa que a vantagem de Trump em alguns Estados decisivos não foi percebida até o final da eleição. A maioria dos institutos corrigiu esse problema agora.
Mas neste ano existe ainda mais incerteza do que o normal devido à pandemia do coronavírus e o efeito que ela terá tanto na economia e na forma como as pessoas votarão em novembro, então todas as pesquisas precisam ser interpretadas com algum ceticismo, especialmente tão longe ainda do pleito.


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